Aprendizagem significativa e metacognitiva
A discussão da aprendizagem significativa integra aquela da construção da autonomia do aprendiz, vista como uma ação auto-reguladora do aluno, em relação à sua aprendizagem. Perrenoud (1999) entende-a no contexto das capacidades aprendidas. Isto é: a pessoa aprende a ser capaz de gerir seus próprios “projetos, progressos e estratégias”, sejam em relação às tarefas, seja frente a obstáculo. Na Prática, a auto-regulação requer o uso de ferramentas e de uma visão estratégica.
Do ponto de vista da aprendizagem significativa, tenho trabalhado a partir das idéias de Fink(2003). Argumenta ele que se a aprendizagem fosse considerada não como “a aquisição de informação, mas como uma busca de significado e coerência na vida de uma pessoa”, e “se enfatizasse aquilo que é aprendido e seu significado pessoal para aprendiz, mais do que quando foi aprendido”, os pesquisadores teriam “novos e valores insigths” – Tanto em relação “aos mecanismos de aprendizagem, o controlado pelo professor e o controlado pelo aluno”(2003, p. 27).
Ninguém pode obrigar ninguém a aprender. Então a auto-regulação começa pelo desejo de aprender, que requer uma determinação pessoal e um planejamento de ações tais como: auto-avaliação, o planejamento do tempo, a integração e organização de funções mentais ( memória, a atenção, a concentração e outras). Para aprender, é preciso, pois, selecionar, comparar, simbolizar, desenvolver o pensamento crítico-reflexivo, entre outros.
De certa forma, isso pode ser resumido em uma palavra: metacognição (DOLY, 2199; RIBEIRO, 2003). Isso é: uma ação consciente da pessoa no uso de suas funções cognitivas ou funções mentais, para fins de aprendizagem. No geral, estratégias metacognitivas supõem:
1) um ambiente organizado de modo intencional e caracterizado pela “cultura do pensar”;
2) um empenho mais pessoal e consciente por parte de quem aprender.
Segundo Paris e Winograd(1990, apud RIBEIRO, 2003), no que se refere à aprendizagem, a metacognição tem dois significados;
1) a avaliação de Recursos(auto avaliação cognitiva)
2) a metacognição em ação(autocontrole cognitivo).
1) um ambiente organizado de modo intencional e caracterizado pela “cultura do pensar”;
2) um empenho mais pessoal e consciente por parte de quem aprender.
Segundo Paris e Winograd(1990, apud RIBEIRO, 2003), no que se refere à aprendizagem, a metacognição tem dois significados;
1) a avaliação de Recursos(auto avaliação cognitiva)
2) a metacognição em ação(autocontrole cognitivo).
Na auto-apreciação cognitiva, o foco é o levantamento pessoal sobre o estado dos conhecimentos e competências cognitivas relacionados ao que precisa ser aprendido e as correspondentes estratégias. O auto-controle cognitivo refere-se tanto às “reflexões pessoais sobre a organização e planificação da ação-antes do início da tarefa” quanto aos possíveis ajustamento que podem surgir quando da realização da tarefa em si, bem como às “revisões necessárias à verificação dos Resultados Obtidos”.
Lafotunr e Sant-Pierre(1996) consideram, conjuntamente, as dimensões afetivas e metacognitivas da aprendizagem. Segundo elas, muitos professores poderiam ajudar mais e melhor a seus alunos no progresso de aprendizagem. Mais adiante argumentam que, por estarem desejosos para “transmitir um conteúdo” ou pelo conhecimento de como integrar essas dimensões no ensino. Muitos professores [....]negligenciam a criação de situações, aptas a desenvolver objetivos como os seguintes: comunicar as suas emoções, ultrapassar as ansiedades, compreender como a ansiedade afeta as capacidades intelectuais e o comportamento, reagir positivamente (tirar proveito de) aos seus erros, atribuir os seus sucessos e insucessos à qualidade do estudo realizado e à eficácia das estratégias utilizadas, ganhar consciência do funcionamento do seu pensamento, aprender a planificar melhor os seus processos mentais[....](p.18)
Ainda segunda as autoras referidas, o posicionamento desses professores faz com que percam [....] uma ocasião só para evitar insucessos e abandonos, mas também para fazer apreciar determinadas disciplinas, à primeira vista desagradáveis, e para transmitir uma percepção mais realista do trabalho intelectual(p.18)
Desejamos que você tenha uma percepção realista do seu trabalho intelectual e que aprenda, cada vez mais, a construir suas estratégias metacognitivas, de modo a aprender sem ansiedades, e com maior prazer.
Qual a sua auto-avaliação em termos de metacognição? Se quiser algumas dicas para pensar sobre o assunto, leia o que se segue. Isto é, veja como assumirá, de forma consciente, a condução de sua aprendizagem. Para isso:
· identifique o que já sabe sobre os conteúdos que estuda;
· na análise do contexto, avalie as suas possibilidades e os seus limites;
· identifique crenças e possíveis preconceitos e aja sobre eles;
· avalie as sua capacidades comunicativas – principalmente ao escrever.
Em trabalho sobre metacognição e sucesso escolar, DAVIS, Nunes e Nunes (2005) referem-se ao fato de o empenho de muitos alunos à aprendizagem esperada. Fracasso explicado não por problemas cognitivos, mas por “dificuldades metacognitivas”: “A raiz do problema parece residir, portanto, “menos na falta de saberes e habilidades do que no fato de não conseguirem nem utilizá-los, nem transferí-los para outras situações”.
Portanto, esteja atento! Saiba quais os seus controles(a auto-regulação) para aprender. Sugiro que pense em como:
Manter-se proativo e participativo.
Cultive o desejo de aprender.
Bibliografia: Texto da Profª Maria de Fátima Guerra
Muito pertinente a matéria, será bem aplicada e observada em minhas aulas.
ResponderExcluirGerson
Gerson, é importante que o aluno introjete a importancia da formação escolar em sua vida, se ele incorporar que a escola fará a diferença no seu futuro, ele desejará aprender e de fato, ocorrerá uma mudança de comportamento.
ResponderExcluirPara que isso ocorra é necessário uma conversa com a finalidade de convencê-lo de que a escola é importante para sua vida, não uma simples passagem.